Do You Speak English? Saiba por que estudar inglês não é um bicho de sete cabeças
Ao analisar a escalação dos 23 craques que honraram nosso país na última Copa do Mundo, nota-se que a maioria esmagadora brilha nos gramados estrangeiros.
O Manchester City, da majestosa Inglaterra, destacou-se como o principal celeiro, contribuindo com quatro valentes guerreiros.
Imagine os altos e baixos vividos por esses quatro heróis, desbravando terras nas quais o português não é língua materna, e o desafio de dominar o idioma local.
Eis que surge a pergunta que move o jogo: por que não alçar essa bola ao gol do debate sobre a importância do inglês no crescimento pessoal e profissional?
Para debater conosco este tema crucial, convocamos uma verdadeira campeã: Erika Belmonte, a visionária por trás do Clube do Inglês.
Neste jogo da vida, dominar o inglês é como marcar o gol da vitória, não apenas nos campos, mas nas trilhas do sucesso global.
Pré-jogo
Chegou a hora de aquecer e destacar a estrela do momento.
Erika Belmonte, uma mente brilhante com graduação em Relações Internacionais, traz consigo uma bagagem valiosa em logística empresarial, gamificação e marketing, tudo moldado durante sua jornada nos Estados Unidos, onde atualmente ela chama de lar.
Há quase três anos, surgiu para Erika a inspiração de compartilhar sua paixão pela língua inglesa, alimentada pelo prazer de se comunicar e ensinar.
Assim o Clube do Inglês foi idealizado, não apenas como uma ideia, mas como uma realidade vibrante e transformadora.
Prepare-se para descobrir mais sobre essa trajetória única e inspiradora!
É hora do pontapé inicial
O árbitro já dividiu os lados e concedeu o pontapé inicial do espetáculo!
Erika Belmonte, primeiramente, gostaríamos de pedir a gentileza de que conte um pouco de sua carreira até o momento em que o inglês passou a fazer parte, efetivamente, de seu cotidiano.
Na verdade, Lucas, o inglês está presente na minha vida antes mesmo da minha trajetória profissional.
Comecei a estudar o idioma aos nove anos de idade e aos dezesseis já me comunicava com fluência.
Foi quando meus pais me presentearam com uma viagem de um mês para o Canadá.
Assim que voltei, a fim de manter o idioma (if you don’t use it, you lose it), passei a ministrar aulas de inglês para amigos próximos.
E, depois de um ano e meio, fui convidada pelo dono da escola lá de Vancouver a voltar para estudar gratuitamente (por conta do meu desempenho na primeira vez) meio período por quase três meses, enquanto que, no outro período, eu os ajudava com algumas atividades com os alunos, com o site, etc.
Voltei para o Brasil depois desses três meses, pois iniciaria a faculdade e começaria a trabalhar como professora de inglês em uma escola.
Fui professora na Skill e na Wizard, ambas em Santo André – SP, por quatro anos.
E depois decidi começar minha carreira no mundo corporativo.
Trabalhei como recepcionista em uma multinacional, depois vendi treinamento de software, mudei para outra empresa na qual era representante comercial, trabalhei em compras e, antes de ter o meu próprio negócio, trabalhei por dois anos em logística, área a qual criei uma paixão imensa que me alimentou para ir além nos meus estudos e fazer minha pós-graduação na USP.
O mais engraçado é que durante todo esse tempo, eu sempre arranjava um jeito de continuar dando aulas de inglês (principalmente aos fins de semana).
Ensinar sempre foi minha paixão.
Em 2011, eu abandonei o mundo corporativo e passei a focar naquilo que nunca abdiquei e sempre amei: dar aulas particulares, mas, desta vez, unifiquei com a minha experiência do mundo corporativo e então montei o “Erika Belmonte Inglês In Company”, em que ministrava aulas para executivos em empresas de diversos ramos, principalmente em TI.
Em 2015, meu marido foi convidado para trabalhar em uma empresa americana e, apesar de ficar com o coração apertado, deixei de ministrar aulas In-Company para realizar o nosso grande sonho de morar nos Estados Unidos e fiquei apenas com aulas particulares online.
E o Clube do Inglês: como surgiu? E qual a situação atual desse projeto?
O Clube do Inglês surgiu em 2015, no Instagram, com o objetivo de ajudar todos aqueles que gostam e/ou precisam do inglês para viajar, trabalhar, estudar ou até mesmo divertir-se.
Recentemente, mudei-me para os Estados Unidos, onde compartilho muita coisa bacana “direto da fonte”.
Fazer este trabalho é uma grande paixão!
Criar o Clube do Inglês e alimentá-lo com tanto amor e dedicação, tanto nas redes sociais, quanto no site foi a maneira que encontrei para retribuir, mesmo que indiretamente, a todas as pessoas que me ajudaram nessa vida dividindo tempo, conhecimento e experiências.
O meu grande objetivo é compartilhar informações e gerar conteúdo confiável, de alta qualidade e de uma forma simples e descontraída!
O Clube cresceu e hoje somos mais de 250 mil pessoas nas redes sociais (Instagram, Facebook e YouTube), além do meu site em que alimento informações constantemente.
Antes um hobby, hoje um trabalho.
Mas como chamar de trabalho algo que amamos e temos o maior prazer em fazer?
Lucky me!
Em dezembro, lancei os English Bites, um projeto que hoje ajuda milhares de pessoas com áudios 100% em inglês, que são enviados junto com a transcrição por WhatsApp.
Além disso, estou desenvolvendo a primeira plataforma online de ensino do Clube do Inglês, que em breve será lançada.
Como você avalia o estudo e o aprendizado da língua inglesa no Brasil?
Infelizmente, isso ainda é muito precário, disso não temos dúvida.
Não apenas o aprendizado da língua inglesa, mas a educação de uma forma geral.
Se me permite dizer, é uma piada (professores sem salários, alunos sem condição básica de estudo, etc).
Falta muita oportunidade para as crianças e adolescentes de hoje se sobressaírem com relação aquelas que possuem mais condições financeiras e podem pagar por uma educação melhor.
Mas falando das escolas de inglês de uma forma geral, Lucas, eu honestamente não acredito que exista uma escola particularmente ruim, como muitos dizem por aí. Existem instituições mais fracas talvez, com menos tecnologia ou infraestrutura para o aluno (as quais, consequentemente, são mais baratas) e existem as mais “tops”, que geralmente custam muito mais.
Eu conheço pessoas que hoje falam um inglês perfeito (inclusive a pronúncia) e formaram-se em uma escola “fraca” e também conheço muitas pessoas, principalmente executivos, que pagavam mais de R$ 1.000,00 por mês para estudar inglês e não conseguem falar nada do idioma.
A culpa é da escola?
A metodologia pode pesar sim (alguns não se acostumam com o método de ensino da escola contratada), mas, na grande maioria das vezes, faltou um ingrediente muito importante: comprometimento.
Não vou julgar.
Afinal de contas, eu sei que a rotina de todos é muito louca: trabalho, chefe, pressão, meta pra bater, família, filho, casa, vida pessoal, academia, inglês, etc, etc e etc.
Mas o que eu não acho justo é sempre o professor ou a escola levar a culpa quando na verdade, a responsabilidade dos nossos sonhos e objetivos está em nossas mãos.
A escola não é boa?
O professor particular só enrola/falta?
Muda! Mas assuma as rédeas de seus objetivos! Dedique-se! No pain, no gain!
Qual a importância da fluência da língua inglesa para o mundo corporativo, bem como, para o desenvolvimento pessoal?
Veja bem, Lucas, vou ser muito honesta aqui. Todo mundo vive falando que o inglês é primordial para o mundo corporativo ou até mesmo para a vida pessoal, mas eu, na verdade, digo que DEPENDE e esse grau de importância vai variar muito de pessoa pra pessoa.
Digo isso porque muitos profissionais possuem seus negócios voltados apenas para o mercado brasileiro (produtores/fornecedores e clientes brasileiros) e, ainda mesmo com a vida pessoal, não pretendem viajar para fora do Brasil.
Para essas pessoas, o inglês é indiferente. Elas vão estudar o idioma se algo diferente motivá-las, como um hobby, por exemplo.
Porém, para aqueles que estão começando a vida profissional agora, sonham em morar ou viajar pra fora do Brasil (independentemente de ser a trabalho ou passeio) ou se o profissional trabalha/quer trabalhar em uma multinacional ou lida com clientes fora do Brasil, o inglês é mais do que imprescindível.
E um lembrete importante: como qualquer coisa que você precisa aprender, nada acontece da noite para o dia (nem vou comentar sobre o quanto sou contra esses cursos rápidos que prometem fluência em 3 meses — tenho RANÇO disso, mas ok, vamos em frente). O inglês é o idioma base não só para a comunicação, mas também para qualquer pesquisa que você queira fazer.
Hoje, a grande maioria dos resultados das buscas é encontrada em inglês.
Afinal são especialistas do mundo inteiro compartilhando informações em um idioma que todos possam entender.
Vai viajar para outro país? Conheceu um “gringo”?
Quer comprar um produto que só vende na Austrália?
Achou um vídeo super legal sobre seu hobby ou trabalho no YouTube e está em inglês?
Eu posso enumerar diversos casos comuns do dia a dia que precisamos do inglês e, além disso, aprender um novo idioma é simplesmente enriquecedor!
É mais do que uma porta, é um mundo que se abre para você!
Agora, falando sobre o aprendizado de língua estrangeira, o que você elenca como mitos na hora dos estudos e do aperfeiçoamento?
Sem sombra de dúvidas, um dos maiores mitos, em minha opinião, é acreditar que só quem faz um intercâmbio consegue falar inglês fluente.
Ou ainda pior, achar que é o intercâmbio que vai te deixar fluente.
Não é não!
É claro que uma oportunidade de viajar para um país de língua inglesa e passar por uma imersão ajuda e muito, mas desde que o aluno esteja focado e determinado a falar APENAS o inglês.
Conheço muitas pessoas que investem muito dinheiro para fazer intercâmbio, mas, ao encontrar brasileiros no país de destino (o que é comum), esquecem o objetivo inicial e passam a falar mais em português do que inglês.
E, claro, o resultado acaba não saindo como esperado.
Para todos que me pedem dicas de intercâmbio, eu digo: tanto faz a escola, o país, a cidade, mas pelo amor dos meus filhinhos que eu ainda não tenho: NÃO FALE PORTUGUÊS!
O problema não é falar com brasileiro, mas, sim, falar com brasileiro em português.
Pensem comigo: vocês vão gastar pelo menos 15 mil reais para dar um up no inglês de vocês, morar um tempo em outro país para falar o idioma que vocês falam no Brasil?
Então qual o objetivo de gastar esse dinheiro?
Concordam?
Chutando a bola pro outro lado do campo: quais são as verdades, ou seja, as estratégias matadoras para quem está aprendendo?
Consistência e persistência!
Consistência, porque tudo aquilo que você faz repetidas vezes, uma hora você vai ter sucesso.
Pense em qualquer pessoa que hoje tem sucesso na vida.
Pode ser um atleta, um ator, um executivo.
Você acha que essa pessoa está onde está porque trabalhou naquilo uma vez por semana?
Não tem essa de estudar só de segunda à sexta ou que feriado não conta!
Se aprender inglês, falar inglês fluente é o seu maior objetivo, tenha contato com o idioma todos os dias.
Não importa o que seja, pode ser até ser um aplicativo, um episódio de série, mas traga o inglês pra perto de você!
Persistência porque não vai ser fácil! Não é fácil!
Não é todo dia que temos motivação, “saco”, paciência, vontade para sentar o bumbum na cadeira e estudar uma gramática, ouvir um podcast e focar no que a pessoa está falando, trabalhar vocabulário, mas é justamente quando a gente tem foco e se propõe a fazer aquilo mesmo sem vontade, que a gente vê a evolução das coisas.
Eu sei que a grande maioria tem a vida corrida, cansativa, cheia de pressão e prioridades, mas o meu objetivo aqui é lembrar que se você quer melhorar o seu inglês, tem que fazer muito mais do que você está fazendo hoje e, acima de tudo, NÃO DESISTIR!
Tudo bem se você precisar dar um tempo nos estudos por conta de contratempos, emergência ou situações chatas que acontecem e nos impedem de seguir com nossos objetivos por um tempo, mas não é ok desistir deles.
Dê um tempo, mas volte!
E volte com força porque eu acredito que todos podem conseguir o que querem.
Existe um período limite para aprender inglês ou o aprendizado deve ser algo contínuo? Nesse caso, quanto tempo dedicaria-se diariamente?
Veja bem, eu não gosto de dizer que exista um limite de estudo por dia, pois eu sei que existem pessoas que conseguem se concentrar e estudar com qualidade por horas, mas acredito que uma hora por dia, todos os dias, é mais do que suficiente para você evoluir MUUUITO no aprendizado do idioma.
Para ser honesta, mais do que o tempo que você estuda, é a qualidade dos seus estudos.
Eu prefiro 15 minutos muito bem estudados, com foco e atenção, a 45 minutos divididos com Facebook, WhatsApp e amigos chamando, rs...
Use o tempo que você tem disponível com sabedoria.
Se você se propôs a estudar inglês naqueles 20 minutos, então esqueça o resto!
O que você recomenda como hábitos diários aos estudantes de inglês?
– Primeiro de tudo: separe um espaço na sua agenda (bloqueie mesmo), um tempo de pelo menos 30 minutos para você dedicar ao estudo do idioma.
Vale tanto horário do almoço, antes de chegar no trabalho ou na escola, até no horário de trânsito (para treinar o listening) para aqueles que não tem muito tempo, vale!
O que não vale é o famoso “não tenho tempo”;
– Liste suas atividades de estudo na semana: homework, reading, speaking, listening, app, entre outras.
Para quem quiser, no meu site tem um desafio de 30 dias grátis;
– Varie as atividades ao longo dos dias. Não fique uma semana só no listening e sem praticar a escrita, leitura, estrutura, etc, ok?
Senão você vai acabar entendendo melhor do que escrevendo ou ainda falando. Treine de tudo um pouco em dias alternados;
– Quando for estudar/focar no estudo do inglês, ponha seu celular no modo avião (é sério isso), escolha um lugar com iluminação e, de preferência, silencioso;
– Tenha sempre um audiobook ou podcast no seu celular para situações que você tenha que esperar e então ganhar vocabulário e treinar o ouvido;
– Separe um caderno ou uma pasta nos seus notes do celular para anotar palavras novas.
O nosso cérebro não consegue memorizar tudo o que a gente vê. Tente uma vez por semana olhar para essas palavras, escrever frases, etc;
– Tenha em mente o porquê você está estudando inglês: viagem? Mudança de emprego? Mudar de país? Fazer amizades?
Deixe uma foto que lembre o seu objetivo perto de você, olhe sempre para a foto!
Nos momentos de preguiça, desmotivação ou cansaço, isso vai te ajudar.
A prática, como sabemos, é um dos fatores mais importantes para a consolidação do novo idioma. O que você pensa a respeito do intercâmbio empresarial? Quais são os benefícios dessa viagem?
Se fizer parte dos objetivos do profissional ter essa oportunidade, seja para morar durante um tempo fora do país a trabalho (pela empresa contratada) ou apenas um período mais curto para melhorar suas habilidades no idioma, eu diria que é mais do que válido.
Além da experiência de conhecer outra cultura, outro país, costumes, culinária, etc, o profissional ainda conseguirá aumentar sua autoestima no inglês.
Em outras palavras, ele se sentirá mais confiante e confortável, uma vez que está imerso no idioma.
Para os que desejarem, muitas escolas de inglês internacionais ainda oferecem aulas de Business English para diversas áreas.
Para quem não tem, no momento, possibilidades de realizar essa viagem, o que você sugeriria como prática de estudo constante?
Contato com o idioma sempre!
Como disse anteriormente, viajar para o exterior não é o que vai fazer o aluno atingir a fluência, mas, sim, a dedicação, determinação, foco e, acima de tudo, a CONSISTÊNCIA!
Não é porque você não tem planos de viajar para fora do Brasil, que você não vai chegar lá.
Muitas pessoas me perguntam sobre como treinar o speaking, pois a grande maioria não tem com quem treinar.
Entre várias opções com relação a isso, que sempre compartilho nas minhas redes sociais, duas que eu acredito que ajudam muito são:
1. Falar sozinho: é isso mesmo!
Não tem com quem falar? Fale no trânsito, no banho, no almoço...
Se for o caso, coloque um fone de ouvido (ninguém vai saber que você está falando inglês sozinho, haha).
O importante é você “botar para fora” aquelas frases, aquelas palavras que passam na sua cabeça e você contaria para alguém em alguma conversa informal
Pois é, conte para você mesmo como foi seu dia, quais seus planos para o fim de semana, o que você gostou ou não gostou no mês passado, entre outras situações cotidianas.
Pode parecer loucura, mas eu juro que funciona!
2. Na grande maioria das cidades existem grupos de conversação gratuitos em inglês. Sim, são pessoas que se reúnem em algum lugar/dia/horário pré-estipulado apenas para conversar em inglês.
Antes de você dizer “na minha cidade não tem”, procure!
Jogue no Google, pergunte para seus amigos, veja nas igrejas (muito comum), baixe aplicativos como o Meetup, por exemplo.
Vá atrás!
Ainda assim, mesmo depois de procurar, você não achou?
Que tal você montar um grupo de conversação (marque em um shopping, por exemplo) em inglês?
Muitas pessoas perto de vocês podem estar com o mesmo objetivo, mas apenas inseguras de dar o primeiro passo!
Não perca mais uma oportunidade de se inspirar:Jolien Orye: Jogadora de sucesso no campo digital e familiar
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Resenha pós-jogoPodemos falar que nossa supercraque dos campos da língua inglesa mandou não só muito bem no domínio do bate-bola, mas como passou um recado muito importante, bem de bastidor, daqueles que o técnico tem com a equipe nos minutos seguintes ao fim de uma partida: motivação!
Nossa entrevistada marcou um gol de placa ao motivar quem nos lê a simplesmente não desistir, encontrar caminhos ainda que na adversidade, para continuar fomentando seus sonhos.
Mas antes de deixar o estádio, Erika Belmonte ainda reservou uma “preleção” extra, que compartilho abaixo:
Eu não poderia fechar esta entrevista sem antes compartilhar com vocês uma história muito emocionante sobre Rosa, uma universitária de 87 anos de idade.
Um relato que me incentiva, motiva-me e faz-me refletir todos os dias sobre minhas atitudes e decisões.
Fica aqui para vocês refletirem...
Eu espero que vocês gostem!
No primeiro dia de aula, nosso professor apresentou-se aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda.
Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro.
Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim.
Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser.
Ela disse: Ei, bonitão. Meu nome é Rosa.
Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?
Eu ri, e respondi entusiasticamente: É claro que pode!, e ela me deu um gigantesco apertão.
Não resisti e perguntei-lhe: Por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?, e ela respondeu brincalhona: Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar.
Está brincando, eu disse.
Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse: Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!.
Após a aula, nós caminhamos rumo ao prédio da união dos estudantes, e dividimos um milkshake de chocolate.
Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias, nos próximos três meses, nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar.
Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela ‘máquina do tempo’ compartilhar sua experiência e sabedoria comigo.
No decurso de um ano, Rosa tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse.
Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes.
Ela estava curtindo a vida!
No fim do semestre, nós convidamos Rosa para falar no nosso banquete de futebol.
Jamais esquecerei o que ela nos ensinou.
Ela foi apresentada e aproximou-se do pódio.
Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão.
Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente: Desculpem-me, eu estou tão nervosa!
Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei.
Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou: Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar.
Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso.
Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia.
Segundo, você precisa ter um sonho.
Quando você perde seus sonhos, você morre.
Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam!
Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer...
Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos.
Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos.
Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho.
Isso não exige talento nem habilidade, é uma consequência natural da vida.
A ideia é crescer por meio das oportunidades.
E por último, não tenha remorsos.
Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas, sim, por aquelas coisas que deixaram de fazer.
As únicas pessoas que têm medo da morte são aquelas que têm remorsos.
Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente ‘A Rosa’.
Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária.
No fim do ano, Rosa terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos.
Uma semana depois da formatura, Rosa morreu tranquilamente em seu sono.
Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, por meio de seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser, se realmente desejar.
Lembrem-se: Envelhecer é inevitável, mas crescer é opcional!
É isso, galera!
Depois deste superconteúdo, cabe, no apagar das luzes do estádio, agradecer à Erika Belmonte por conceder seu tempo corrido nos EUA ao nosso projeto e também por engrandecer quem nos lê com uma baita injeção de motivação.
Por fim, apresentamos os canais para que vocês conheçam o Clube do Inglês, um espaço para aprender inglês de uma forma simples e descontraída:
– Instagram;
– Facebook;
– YouTube;
– Site;
– WhatsApp.
Conte-nos aqui no nosso pós-jogo: como o inglês está presente na sua vida?
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